*****Um belo dia acordamos e descobrimos que APAIXONAR-SE É INEVITÁVEL*****


sábado, 3 de julho de 2010

Woody Allen nas Telonas | Tudo Pode Dar Certo

Tudo Pode Dar Certo é a comprovação de como uma sequência sistemática de “erros” pode produzir um acerto; de como, entre duas pessoas cuja incompatibilidade parece incontornável, há sempre uma tradição de vivência, um ... E o Vento Levou que é capaz de restabelecer um elo, e de fazer algo que era importante no passado render algo de vivo pro futuro. Nesse sentido, o filme se torna um especial justamente por Woody Allen encarar esta cisão entre passado e futuro com uma serenidade realmente afirmativa, que se torna mais forte a cada passo dado em direção à morte. Justamente por isso, o casamento de Boris e Melody não pode durar: é preciso que ela siga em frente e busque seu próprio caminho, como os jovens cinéfilos eventualmente abandonam os filmes de Allen em direção a terras de presente mais fértil. Importa pouco que, no filme, o caminho escolhido chegue muito próximo do phoney: ela se apaixona por um ator inglês que mora em um barco, lê, pensa e toca flauta – sujeito que “jamais será um gênio, mas que é atraente o suficiente para ser uma estrela”. O que é realmente significativo é que esses encontros se dão; que eles se bastam em sua brevidade e, melhor ainda, propiciam novos encontros.


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